Do Prato ao Palco: Uma Celebração Onde Todos Foram Família

No coração de Lichinga, o dia 25 de dezembro prometeu mais do que uma data no calendário, anunciou um encontro: o Family Day.

A cidade toda em pleno movimento, sem nunca desacelerar, contemplava se o encanto e deslumbre em cada presença. No Restaurante Bom Gosto, o tempo desacelerou para ouvir a música e a música decidiu falar de casa, de laços e de pertença. O evento, ergueu-se como um abraço colectivo, desses que não pedem convite, e no palco, a Banda Os Kassimbos afinou memórias como quem acende fogueiras.

Cada acorde foi pão partilhado, cada refrão um sorriso passado de mão em mão. A tarde, livre como a entrada, ganhou corpo às 17 horas, quando as vozes começaram a desenhar pontes invisíveis entre pais, filhos, familiares, amigos e desconhecidos que, por algumas horas, se tornaram família.

Entre ritmos e palmas, os convidados Rei Bravo e MC Saloy entraram como vento novo, trazendo versos que dançam e palavras que batem no peito. A música não foi apenas som, foi gesto, foi encontro, foi celebração do que nos mantém juntos quando o ano se fecha e o futuro pede esperança.

A mesma aura, proporcionou Mutxutxu ou o Quiosque na Sandra, que na sua presença distinta, encantou na beleza e conforto. Falou idiomas, amor e espírito de comunhão, numa tarde que se negava dar lugar a noite.

Do alto Lago, Micala Lodge e MiraLago, deram um cheirinho do que se espera no revellion. Com eles, o dia da família não foi só um evento: foi um estado de espírito. E quando as últimas notas se despediram, ficou no ar a certeza simples e profunda: família também se constrói ao som da música e do jogo de talheres .

A Estrangeira