Houve um dia em que a literatura não pediu voz, pediu mãos. No Centro Cultural Bela Vista, em Lichinga, “O Tacto” nasceu como nascem as coisas que importam: em silêncio, em memória, em profundidade.
A obra, lançada em memória do Mukhwarura, apresentou-se como um corpo sensível: páginas que não se lêem apenas com os olhos, mas com a voz da alma. “O Tacto” não se explicou, sentiu se nos corações.

A Upile registou o instante como quem segura uma chama frágil: com cuidado, com consciência de que ali não se tratava apenas de um livro, mas de uma ausência que ainda fala.
Quando as luzes se suavizaram e o público começou a dispersar, algo ficou no ar, uma alegria serena, misturada à saudade, como quem aprende que lembrar também pode ser um acto de festa. E a Revista Upile, levou consigo esse instante raro, onde a homenagem se fez nome, espaço e movimento.

Porque há livros que se lêem. Há livros que nos tocam. E há gestos que transformam a memória em eternidade. E a Upile esteve lá para sentir, guardar e contar essa estória.
























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